23/10/2012

Carta a Você

Meu irmão, minha irmã:

Você, como eu, é testemunha dos horrores que acontecem em nosso país por causa do álcool. Não precisamos falar da imensidão de acidentes assassinos que, diariamente, ocorrem em nossas estradas; de brigas seguidas de morte e cadeia; de lares desfeitos e amargurados; de empresas prejudicadas e dos rios de dinheiro que saem dos cofres públicos para gastar com essa gente desmantelada que, quase sempre, acaba na cadeia, no hospital ou no cemitério. E o dinheiro público, o nosso dinheiro é que paga esses desmandos!

Tenho certeza que isso não é justo. Não é justo a pessoa, por não sei que esquisito prazer, gerar doença em si mesma e, depois, vir fazer uso do nosso dinheiro para uma eventual melhora (ele não tem interesse em ficar bom) e, em seguida, voltar a beber preparando, assim, mais uma despesa para a sociedade, para você e para mim.

Considere que coisa desagradável é alguém realizar um bonito casamento e, ao nascer o primeiro filho, perceber que nasceu um deficiente mental sem capacidade suficiente para os estudos ou portador de outra doença mais grave ainda. Você sabe que existem crianças que passam anos seguidos de escola sem sair da primeira série, não é?

Aí entram em ação o governo e as associações filantrópicas para cuidar dessas chamadas “crianças especiais” que, na realidade, são vitimas de comportamento insano de seus pais na condição de consumidores de álcool. É doloroso, não é? Você queria ter um filho assim? Claro que não!

Então, meu irmão, minha irmã se você bebe, por favor, deixe este hábito triste! Procure ajuda; alcoolismo tem cura. E se você ainda não bebe, não tem esse vicio lamentável, fique atento ou atenta para não cair.

Os amigos, sem maldade, julgando fazer uma coisa boa para você (uma alegre convivência social) convidam-no para beber, pagam a sua dose e insistem mesmo para que você aceite. Nessa hora é muito mais acertado que você peça uma agua de coco, ou um suco ou até mesmo um refrigerante. Não tenha medo de parecer esquisito ou esquisita. Você está certo (a), e este é o caminho para a sua saúde e para a saúde da sociedade.

Precisamos de gente que tenha a coragem de fazer florescer o bem. Gente para fazer o mal encontramos em toda parte, está sobrando. Para fazer o bem é preciso ser gente de raça, gente de garra. Você se sente assim? Dê-nos um sinal!

Grato por sua atenção.

Pe. Guilherme Gomes.

17/10/2012

Pare, por favor!



Considerando o que foi escrito no artigo anterior, um pedido me vem à cabeça: Se você bebe, pare, por favor! Se ainda não bebe, parabéns! Não vale a pena começar. Para que estragar esta figura tão bacana que é você? Que graça tem se preparar para gerar um filho doente, problemático, complicado?

Eu sei o que você está pensando: é difícil se manter sóbrio quando se vive numa sociedade tão permissiva, tão condescendente com o que não presta. Vão começar logo a me soltar graça, querer me taxar disso ou daquilo outro... É verdade; nossa sociedade está por demais derrubada. Enfraquecida em seus princípios morais e espirituais; perdeu a força para erguer a bandeira dos valores humanos de maior grandeza e fica patinando na mais vergonhosa cultura, chamando de cultura as maiores expressões de baixezas que se promovem a cada dia com sorriso desmoralizado, sem graça, porque lhe falta a competência para o melhor. E ai de quem se opõe aos promotores de tais coisas!

Pois, bem, é preciso que apareça no meio dessa sociedade desmoralizada, incompetente, alguém (ou alguéns) que tope caminhar de outro jeito. Do jeito correto, humano, espiritual, que traga o selo do divino. E que esta pessoa se lembre disso: você tem pleno direito de ser você. E ninguém tem o direito de influir negativamente sobre você. Você tem o direito de optar e seguir uma boa filosofia de vida. Uma filosofia que esteja à altura de sua dignidade humana, de sua espiritualidade, da grandeza de ser filho de Deus. Deixe que manguem de você, é gloria para você sofrer pela verdade; a verdade é Deus e só Ele vale a pena.

São Pedro já dizia, advertindo seus leitores a viver na fidelidade a Deus: “Se sofreis por causa da justiça, bem-aventurado sois (...) Será melhor que sofrais por praticardes o bem do que praticando o mal”. (cf. 1Pd 3,14.17).

Repito o meu pedido: Se você bebe, por favor, deixe de beber! Se você não bebe, por favor, não comece a beber! Assim agindo você está fincando um ponto de bondade no meio do mundo. Você se torna agradável a Deus (cf. Pr 15,8) e a humanidade inteira vai lhe agradecer.

Alcoolismo



Os estudiosos do assunto são unânimes em afirmar o desastre causado pelo álcool em pessoas usuárias e, por elas, no grosso da sociedade. É muita, mas muita gente mesmo, que é atingida vertiginosamente por esse mal. Inclusive o alcoolismo cresce de maneira assustadora porque os dependentes, com seu sangue intoxicado geram os filhos já na condição  de alcoólatras também. O garoto cresceu um pouco e já manifesta a malsã tendência trazida dos pais: o álcool começa a fazer parte dos seus hábitos sociais. E ai haja estrago! O Brasil conta, hoje, com a aproximadamente 25 milhões de dependentes de álcool; isto produz um estouro nas contas públicas de mais ou menos 1 bilhão e 130 milhões de reais por ano. São despesas com internamentos, com cadeia, com vitimas em geral, óbitos, e marginalidade criada por eles. Isso é coisa totalmente injusta, absurda. É o dinheiro do povo, o meu, o seu, o nosso dinheiro que, em verdadeira avalanche se esvai pelo ralo. Não é brincadeira! Imagine essa dinheirama aplicada em açudagem pelo nordeste afora!!!

Isso precisa mudar. O álcool está sucateando a nossa sociedade. Está derrotando a nossa gente. Nosso país está se tornando cada vez um país de fracassados. De fracassados sim, porque a pessoa que se deixa dominar por um copo de pinga só há uma qualificação para ela: fracassada. 

Acho que cabe, aqui, um apelo ao povo brasileiro: Que tal a gente se organizar para mudar este quadro? Mudar os nossos hábitos sociais? Partirmos para o melhor? Por exemplo: usar suco, chá, etc, em nossas festas, em lugar de bebida alcoólica. Talvez alguém esteja rindo com essa ideia. Mas não é melhor promover o bem, a saúde, o progresso da nação do que promover o mal, a doença, a desgraça, o fracasso do país? Pense nisso você e, se concordar, poderemos fazer uma belíssima campanha para a promoção da bondade. Essa história de passividade perante o mal não pode continuar. É preciso termos coragem de ser bons. As conveniências negativas e prejudiciais da sociedade clamam por gente brava que modifique essas coisas. Você topa começar? Manifeste-se. Dê-nos um sinal!!

16/10/2012

Genitores



A caminhada na existência, para ser plenamente sucedida, conta com alguns condicionamentos: o primeiro deles é, sem duvida, a qualidade da saúde dos genitores. É preciso que sejam pessoas inteiramente sadias. E sanidade envolve saúde física, psíquica e espiritual.

Como se sabe, há tipos de doenças que se transmitem por geração. A sífilis, por exemplo, é uma delas. Mas, há muitas outras.

Os autores da Nova Enciclopédia Médica do Lar afirmam: “Entre as principais doenças que se transmitem por hereditariedade, situam-se, em primeira plana, moléstias mentais e nervosas, disposição para distúrbios metabólicos (gota, diabete) e prematura esclerose das artérias. Também defeitos físicos, como dedos ligados, lábio leporino, diversas formas de surdez, miopia, nervos, etc. Dentre os males hereditários, destacam-se a hemofilia e o daltonismo. Ambas estas doenças se transmitem aos descendentes masculinos por caracteres hereditários que existem em estado latente nas células maternas. Atua também de modo nocivo sobre as células procriadoras os venenos estimulantes, mencionando-se dentre eles, principalmente o álcool. Cumpre citar os danosos efeitos da intoxicação pelo chumbo e pelo mercúrio. E, bem assim, as horrorosas consequências das moléstias venéreas”. E aconselham os autores da mencionada enciclopédia: “Vê-se, pois, a enorme importância de que se reveste para o homem a escolha de uma companheira sadia, e vice-versa. Mas, não apenas marido e mulher devem a tal respeito precaver-se mutuamente; é também altamente aconselhável colher informações referente aos antecessores e aos irmãos dos casadouros.” (Nova Enciclopédia Médica do Lar, 7ª edição, volume I, pág. 49-50).

Para que os filhos gozem de perfeito bem-estar é necessário também que os pais gozem de saúde psíquica e espiritual. Ou seja: devem ser equilibrados emocionalmente e levar uma vida espiritual adequada: união com Deus; pois Deus é a fonte da vida e sem Ele nada podemos, nada conseguimos (Cf. Sl 36,10; Jo 15,5).  Gente criada sem Deus não pode dar boa coisa.