13/11/2012

Beber socialmente. Cuidado!


É comum se escutar essa expressão de pessoas usuárias da “branquinha”: minha bebida é simples; bebo apernas socialmente. Mas, pensando bem, o tal “beber socialmente” é uma instancia muito perigosa na caminhada para o alcoolismo. Ela tem sido mesmo o caminho infalível para muitos e muitos casos de alcoolismo irreparável. É graças a ela que nos deparamos com desabafos como este procedente de esposas e filhos amargurados: “ele não tem nem vergonha de, depois de velho, dá pra beber”.

Trago, então, para sua apreciação este texto tirado do livro Escravos do Século XX, da autoria de Dra. Edgard M. Berger e Oldemar Beskow (Casa Publicadora Brasileira, São Paulo):

“É muito difícil reconhecer-se quando termina o “beber social” e começa o alcoolismo, pois as suas linhas divisórias são muito tênues, imperceptíveis e traiçoeiras. Um pequeno número de indivíduos começa a ter dificuldades desde o pequeno “drink”, mas na maioria não se pode diferenciar entre o bebedor moderado e o alcoólatra potencial!
Verifique se você já deu algum dos 13 passos para o alcoolismo:
1. Você experimenta pela primeira vez, por influencia de amigos, uma bebida alcoólica. Há uma probabilidade em 16 de que você terá dificuldade por causa do álcool.
2. Você começa a ter “black-outs”. Isto não é tomar um pileque. É perda temporária da memoria ou amnesia. No dia seguinte você não se lembra do que aconteceu ontem.
3. Você descobre que a bebida significa mais para você do que seus amigos. Você não bebe aos poucos, mas aos goles; você toma um ou dois drinks antes de ir a uma festa. A sua chance de se tornar um alcoólatra é alta e agora você se aproxima da PRIMEIRA ZONA DE PERIGO.
4. Você bebe mais do que intenta. Você pode controlar o quanto ou o quando começará a beber, mas tendo começado não pode mais parar. Você se torna extravagante e começa a se exibir...
5. Você começa a achar desculpas para beber. Você tem sempre uma desculpa ou uma razão para justificar o “porque” a seus amigos. Você começa a beber “para despertar”, para acordar, para acalmar os seus nervos pela manhã.
6. Você se sente culpado, deprimido, e um gole vai-lhe satisfazer o ego.
7. Você começa a beber sozinho. Procura beber só, em casa, no hotel, no escritório, ou mesmo no bar. Mas prefere estar só.
8. Você se torna antissocial quando bebe. Começa a “comprar brigas” para mostrar que ainda é “Homem”.... você está se aproximando da SEGUNDA ZONA DE PERIGO.
9. Você começa a mudar o seu regime de bebida. Deixa de beber por alguns dias, e mesmo semanas, e logo se entrega completamente ao álcool, sem se importar com as consequências.
10. Começa a sentir remorso e ressentimentos profundos....Você se sente culpado, mas “o mundo parece estar contra você”. Para você só há um recurso: “beber mais”.
11.  Você começa a sentir profunda e inenarrável ansiedade. Tem medo de perder a bebida, e faz tudo para protege-la, e tem medo de que ela não lhe dê a mesma sensação de “alivio”.
12. Você compreende então que “a bebida o dominou”.  Aceita o fato de que beber não depende mais do seu controle. Atingiu agora o “fundo do poço”.
13. Você procura e consegue auxilio... ou vai morrer nas sarjetas! Procura auxilio na religião, com o seu medico, com os chamados “Alcoólatras Anônimos”, de preferencia os 3 juntos, que muito pode fazer para recuperá-lo do abismo em que se encontra. (pág. 131-133). ”

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