Respondendo ao
amigo internauta Júnior Meira que me propôs a questão: diferença do jovem de
hoje e o jovem do passado, apresento a seguinte reflexão, conforme o que vi e o
que vejo na atualidade. Afinal de contas já conto com 76 anos de idade. Evidente
que se trata de uma observação pessoal sem nenhuma pretensão cientifica. Trata-se
de uma visão a “grosso modo”. E o que afirmo aqui, claro, não se aplica à
totalidade dos jovens das duas etapas.
Vejamos então. Sob o ponto de vista
trabalho, o jovem do passado era muito mais disposto, lutador, em vista de
conseguir a conquista do seu objetivo de vida. Que falem os famosos ‘paus de
arara’.
O
jovem de hoje é mais escorão, chegado a uma moleza. Quer encontrar o prato
feito. Alguns chegam até a botar o pai na justiça (ou até mandam matar o pai)
para se apossar do que ele tem. A turma quer mesmo é moleza!
Do
ponto de vista social, o jovem do passado era alegre, participativo, promovendo
sempre seus encontros mediante festas (bailes, sobretudo) de finais de semana
ou em tempo de novenas de padroeiros. Eram festas alegres, puras, respeitosas e
pacíficas.
Hoje
o jovem é detentor de uma alegria meio artificial, desconfiada, reticente. Em suas diversões reina a falsa alegria
provocada pelo álcool e pela licenciosidade de comportamento no relacionamento
dos dois sexos. Neste particular pode-se dizer que é uma verdadeira nojeira.
Em
relação à cultura, o jovem do passado (o que tinha a oportunidade de estudar)
levava muito mais a serio os estudos; lutava com garra para conquistar o grande
ideal de sua vida. Tornava-se profissional competente, respeitado pela
sociedade.
O
jovem de hoje quer levar tudo de bolo também em matéria de estudo. Passa filando,
gaseia aula para ir ver pornografia nas revistas ou pelo computador na casa do
colega igualmente irresponsável, e outras tantas trapaças.
O
resultado esta aí. Em muitas áreas do conhecimento os profissionais não têm a
confiança do povo. Só pra ilustrar: alguém se deparou, há pouco tempo, com a
palavra “casa” escrita com um “ç” por um universitário. Você quer
mais? E o pior é que esse tipo de aluno acima mencionado vai passando de ano
para ano na base do empurrão, às vistas e com a anuência das autoridades
competentes do país em termos de cultura.
No
setor politico o jovem do passado seguia mais a orientação dos pais que, coitados,
eram, quase sempre, atrelados a um politico espertalhão. Não desconhecendo,
entretanto, o grande feito da juventude rebelde no tempo da revolução de 64.
O jovem de hoje é mais politizado,
participativo, mas, quase sempre, tendo em vista seus próprios interesses. Não
leva a politica aonde deveria chegar: o bem do povo.
Do ponto de vista da religião, o
jovem do passado era mais religioso, seguia com mais desembaraço as normas da
fé.
O jovem de hoje não está nem ai com
essa história de religião. Acha até que religião é uma pedra de tropeço em seu
caminho, pois desaprova sua vida de vícios e promiscuidade. Deus foi colocado
no escanteio. Ser religioso hoje é, para muita gente, sinal de atraso. É coisa
pra gente fraca e ignorante.
Mas ai estão as consequências para
uma sociedade materialista: o amor desapareceu; nem namoro existe mais. O que
se busca, hoje, é o prazer carnal (sarrar, ficar... ficar é forma “elegante” de
se iniciar à prostituição aceita por uma sociedade decaída). Sem amor tudo está
perdido. Que falem a violência desenfreada, a destruição inescrupulosa de vidas
intrauterinas, o numero espantoso de menores abandonados, enfim, o desastre em
que se encontra a sociedade brasileira. Isto faz me lembrar a frase de um
amigo: “As crianças do nosso tempo eram educadas pelos pais; as crianças de
hoje são educadas pela televisão.” Daí o fracasso.
E agora? Eu costumo dizer que quando
se larga Deus o diabo toma conta.
2 comentários:
Padre gostei do texto. No próximo o senhor poderia falar da maçonaria? Obrigado.
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