O amigo internauta Francisco
Patrício pediu-me para postar alguma informação sobre a Maçonaria. Agradecendo
sua visita e comentário ao nosso blog expresso o que sei a respeito do assunto.
O
que sei dizer sobre esta organização social é que se trata de uma sociedade
secreta de abrangência internacional. Com suas raízes no tempo da Idade Média, época
das grandes construções (século XI a XIII), quando os pedreiros e arquitetos
tornaram-se muito importantes para a sociedade. Porém, tal como existe hoje a
Maçonaria foi estruturada no século XVIII. É que, em vista de uma certa decadência
no século XVI, os pedreiros e arquitetos resolveram abrir as portas da entidade
para pessoas nobres, influentes na alta sociedade. Essa nobreza foi imprimindo
um rosto novo à antiga Maçonaria que de técnica passou a ser filosófica ou especulativa.
Foi quando quatro lojas maçônicas de Londres se uniram, por influencia do
protestante francês Teófilo Désaguliers, formando a Grande Loja da Inglaterra que se
atribuiu a função primariamente filosófica ou doutrinal.
Seu
objetivo é criar u’ma humanidade renovada dentro de moldes puramente humanos e
leigos. Isto equivale a dizer: criar uma sociedade que não leva Deus em conta;
o divino não interessa; a humanidade resolve sozinha o seu problema de
aperfeiçoamento.
Veja como se
expressa dom Estêvão Bettencourt, osb, em sua explanação sobre a Maçonaria: “Assim a Maçonaria cultua, em ultima analise,
a Humanidade apregoada como um grande Todo, um Absoluto, a serviço do qual se
deve colocar todo cidadão. Tal culto é a religião universal e superior que se imporá
de maneira inelutável na era futura; para essa religião superior é que
convergem agora todos os homens (teístas, panteístas, politeístas) que se
queiram emancipar de seus hereditários “conceitos infantis” em demanda de um
progresso cuja divisa soa: “nem Deus nem mestre”” (Pergunte e Responderemos.
Ano 1958, nº 09, questão 9. Página 383).
Como se pode
ver a Maçonaria adotou o sistema filosófico deísta, ideia que se espalhou
rápida na Inglaterra, França e Alemanha no século XVIII, tendo como principais representantes
Voltaire, Diderot e D’Alembert. O Deísmo professa a existência de um Ser Supremo,
mas que nada se sabe a seu respeito, pois, ele não se revelou. Não admitindo a revelação, fica patente que o
homem só pode conhecer aquilo que está ao alcance da mente humana. Confirmação deste
fato é a afirmação do “Livro do Aprendiz” Maçônico: “não ficarás sabendo na Maçonaria senão aquilo que tu mesmo tiveres
encontrado.”
Voltarei ao
assunto.