Certa vez,
conversando com um amigo, ele assim me falou: Guilherme, o ladrão é coisa
indispensável para a vida da sociedade. Por que você diz isso, perguntei? E
ele: o ladrão é indispensável para o
funcionamento do comercio. Sem ele ninguém compraria uma porta, um ferrolho,
uma fechadura; não haveria emprego para policial e seguranças; advogado não
ganharia dinheiro; juiz também não tinha vez. Até o banco sofreria as
consequências, pois, o povo deixaria de depositar o dinheiro no banco para
guarda-lo debaixo do colchão. (Até eu me lembro que antigamente os gerentes de
banco imploravam para as pessoas depositarem dinheiro e ainda pagavam um certo
percentual ao depositante. Hoje eles fazem é cobrar da gente).
Outra vez,
comentando o mesmo assunto com um juiz amigo ele me disse: “é, Pe. Guilherme, o
ladrão é um mal necessário”.
Você
concorda com isso? Eu não concordo. Não creio que o ser humano, para viver bem,
feliz e praticando o bem tenha que ser impelido por agente do mal.
Acho que o homem gosta de viver
bem sendo alegre e feliz; e uma casa bem ajeitada, confortável faz parte do
conjunto de ser feliz. O homem, com certeza, sem ladrão ou qualquer tipo de violento,
saberia e aceitaria se compor muito bem. Não é possível que ele, um ser de tamanha
grandeza e dignidade aceitasse viver de qualquer jeito. Seria fraqueza
demais.
Inclusive, é o que insinua a
Palavra de Deus na orientação para a construção do templo: casa bem feita e
bonita (cf. 1Rs 6-8). Davi, por sua vez, nos informa a respeito de seu suntuoso
palácio construído com madeira de cedro (cf. 1Cro 17,1).
Decididamente: a sociedade, para
viver bem, não precisa de ladrão; precisa é de conversão. Ladrão é excrecência!
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