27/02/2015

Explicando...

Conversando com um amigo sobre o tema do nosso artigo anterior – a droga maior – ele me fez este questionamento: Como se pode erradicar o pecado se a Bíblia diz que não há um só justo, todos pecaram (cf. Rm 3,10), que nossa mãe nos concebeu em pecado (cf. Sl 51,7), que não há quem não peque (cf. 1Rs 8,46), dá até a entender que o justo peca sete vez por dia (cf. Pr 24,16)?
            Sim, mas isso é mais uma linguagem do Antigo Testamento quando a Lei não tinha força para justificar. O justo da época era mais numa linha de legalidade externa, sem a transformação interior (cf. Rm 8,3).
            Com a presença de Jesus no mundo a coisa mudou. Por sua paixão, morte e ressureição Ele venceu o pecado básico da humanidade (o chamado pecado original) e deu ao ser humano a força, a competência, para vencer também os pecados atuais e pessoais.  Por isso Ele tem toda a autoridade de dizer: Sede perfeitos como o Pai celestial é perfeito (cf. Mt 5,20). E para a mulher apanhada em adultério: Eu não te condeno. Vá e não peques mais (cf. Jo 8,11). E ainda para o paralitico da piscina Betesda: Eis que ficaste curado. Não peques mais para não te acontecer coisa pior (cf. Jo 5,14) .
            Acha você que Jesus ia exigir desse pessoal (e de nós) o impossível? Claro que não; se Ele exige é porque é possível. Deus não permite que sejamos tentados acima de nossas forças (cf. 1Cor 10,13). E Paulo diz que implorou ajuda de Deus na solução de seu problema e teve esta resposta: Basta-te a minha graça (cf. 2Cor 12, 8).
            Então o que nos está faltando? É a firme vontade e decisão de cumprir os mandamentos divinos. Pois, afinal de contas, vencer o pecado é simplesmente fazer a vontade de Deus expressa nos mandamentos.
            Para resolver esta parada precisamos aceitar a orientação de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda tua alma e com toda tua mente... (e amarás o próximo como a ti mesmo)” (cf. Mt 22,37-39). E é como diz o livro do Deuteronômio: “esta lei que hoje te imponho (...) está bem ao teu alcance, está em tua boca e em tua mente, para poderes cumpri-la”. (Dt 30 ,11-14).
            Então a questão é querer. Evitar o pecado mortal (a droga maior) a todo custo e o venial (que não chega a desligar totalmente de Deus) coloque-o na programação para acabar com ele também (cf. 1Jo 5,16-17). Caso contrário ele vai gerando outros pecados que poderão redundar em pecado grave. Pois, como diz a Bíblia: um abismo atrai outro abismo (cf. Sl 42,8).

            Resumindo: Empenhar toda a força do seu Ser na realização do amor e tudo mais vai dar certo. Desaparecerá todo tipo de droga e a paz acontecerá. Só há este caminho. Quem ama não faz o mal (cf. Rm 13, 10).

06/02/2015

A droga maior


A sociedade atual vive numa lamentável tensão por conta da presença maléfica da droga em suas várias versões. É mesmo um tormento! Os drogados aprontam, com sobra, todo tipo de absurdo, começando por destruir sua própria família tanto no aspecto afetivo quanto no lado material (os móveis são vendidos para aquisição de droga). E o dependente não se satisfaz. É mesmo um desmantelo.  E os irresponsáveis criadores da droga vão cada vez mais se esforçando para descobrir e produzir droga cada vez mais forte e desastrosa. Onde vamos parar?
      Eu queria chamar sua atenção para a droga maior que está no uso de, praticamente, todos os membros da sociedade com o consentimento tácito e tremendamente prejudicial. Sabe qual é? O pecado, gente! Ele é, realmente, a maior droga do mundo e a que mais mal faz. É o que constata o Catecismo da Igreja Católica com estas palavras: “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro.” (CIC 1488). O pecado é a origem de toda espécie de droga. As drogas que conhecemos e que muita gente usa para a infelicidade da sociedade são filhas legitimas dele. São decorrência natural dele. É como diz a Bíblia: “Um abismo atrai outro abismo” (Sl 42,8). É um efeito cascata. Começou com Lúcifer, o anjo rebelde, prosseguiu por Eva que, por sua vez, passou para Adão.  E o casal primeiro ferido, feriu toda a humanidade. E essa droga (o pecado) se firmou de maneira tão forte que Deus o Pai de bondade infinita, só encontrou uma solução para o problema: mandou seu filho ao mundo num corpo humano para, sacrificando sua própria vida na cruz, destruiu a terrível droga, o pecado. E ele falou claramente: “Eu venci” (cf. Jo 16,33; Rm 3,23-24).
Então veja: a droga-mãe, a geradora das drogas, foi vencida. Não há, pois, desculpa para a droga subsistir. Não há desculpa? Mas ela está aí e agindo fortemente. Qual a explicação? É que há muita gente que insiste em agir de maneira satânica, imitando a lamentável atitude de Adão e Eva que aceitaram a droga de origem: o pecado.
E aí, o que é que tem que ser feito agora? Para a droga só tem uma solução: é matar a droga-mãe como fez Jesus. É vencer o pecado; é desistir de pecar; é aceitar a orientação de Jesus que disse: “Eu sou o Caminho” (cf. Jo 14,6).  Não há outro caminho que nos leve à felicidade não; é Jesus e acabou (cf. At 4,12).
Então, a saída para a droga não é policia, não é juiz, não é cadeia. É cancelar o pecado, ou seja, é voltar-se para Deus, cumprindo os seus mandamentos. É dizer e fazer como o salmista: “Senhor, tem piedade de mim, cura-me, pois pequei contra ti” (Sl 41,5). E Jesus responde: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos juntos"  (cf. Ap 3,20). Ou seja: se você lhe abre a porta do coração está tudo salvo, está tudo resolvido.
Vamos nessa?