18/11/2016

O povo sabe




           
Em conversa com um taxista logo surgiu o assunto: o comercio de fim de ano está muito devagar. Daí a conversa partiu para o problema da crise econômica resvalando, naturalmente, para a famosa PEC 241 (hoje 55 no Senado). E o motorista disse: essa PEC, se aprovada, vai ser uma grande desgraça para o povo. O governo quer tirar o dinheiro do povo para pagar juros dos banqueiros. Querem sacrificar mais ainda o povo e não tocar no dinheiro deles.
            E eu concordei com ele. Essa PEC é, realmente, uma grande e vergonhosa esperteza. Como disse um famoso comentarista político: “é pura enganação, uma piada de mal gosto. Congela o salário do povo e não congela os juros”.
            Aí está o problema. A PEC só penaliza os pequenos, ou seja aqueles que vivem na miséria total ou quase total; o povo pobre, enfim. Pobre que, diga-se de passagem, é uma classe criada por eles mesmos, os governantes.
            Há quem interprete a PEC da seguinte maneira: querem que o povo continue na extrema pobreza para continuarem tendo mão-de-obra barata. E não investindo na educação por vinte anos, querem que o povo volte à ignorância. Um povo ignorante é mais fácil de controlar.
            A solução decente para superar a crise econômica do país corre por outros parâmetros, conforme dizem os especialistas. Por exemplo: dialogar mais com os credores e voltar a investir. Pois, sem dinheiro, o povo não pode comprar e, sem compra não se gera imposto e sem imposto o governo não arrecada. Sem arrecadação como pagar os débitos?

            O nosso motorista apresenta uma ideia que seria muito oportuna se houvesse real boa vontade dos políticos em encontrar a saída certa para nossa economia: é bastante cortar as regalias dos políticos e enxugar a maquina do governo. Tem gente demais ganhando muito, demais, diz o taxista. Nota dez pra ele. Caminhar por onde se deve caminhar. E... o povo sabe.

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