Frente às festividades de fim de ano, somos convidados a
pensar no significado de tudo isso. E se percebe espontaneamente o fato
indiscutível da realidade fugitiva que somos. Os mais velhos, os bem mais
velhos se lembram, com saudade, do seu tempo de criança. Tempo em que
brincávamos de boneca, de bola (bola de meia na casa dos mais pobres),
brincadeira do toca, do anel, brincadeira de cabra cega, de roda, etc. Eram
brincadeiras do tempo passado quando não havia essa parafernália de
instrumentos eletrônicos que, lamentavelmente, tira das crianças de hoje a
possibilidade de uma vida mais humana, mais sadia e mais feliz. É o
artificialismo da vida de hoje empanando a vida natural, a vida mais humana do
passado, o que levou o poeta a se expressar nestes termos: “Oh! Que saudades que tenho da aurora da
minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais”
(Cassimiro de Abreu). Digo isso não é por questão de saudosismo. Falo para nos
lembrar que estamos numa caminhada; numa bonita maratona. Maratona essa que tem
seu ponto de chegada no céu. Se a palavra céu não soa bem aos ouvidos de alguém
esse alguém pode usar outro nome; o que não pode é negar a realidade. Trata-se
de um fato inerente à própria natureza humana; ela cobra o ponto de chegada,
pois se trata da plenificação humana.
Então, veja
bem: cada ano que se passa está dizendo a você: parabéns, você está cada vez
mais perto de sua vitória final. Eu disse vitória e não fracasso final. Morte
não é fracasso. É o grande momento de sua passagem para a total realização
humana. È ai que você se torna 100% homem ou mulher. (Cf. 2Tm 4,8) É preciso
cuidado para não se desviar do caminho. A estrada é Jesus. Ele disse: Eu sou o
caminho (...). Ninguém chega ao pai senão por mim (cf. Jo 14,6).
Então o
negocio é brincar, se divertir gozar a vida, mas sem perder o rumo de nossa
existência.
Parabéns por mais um ano de vida,
por mais um passo firme que dá para a conquista do seu troféu.
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