25/11/2016

Só dois partidos

Cada vez mais me convenço de que o matuto tem razão. Disse-me ele: “Pe. Guilherme no Brasil só tem dois partidos: o que está comendo e o que quer comer”. Você não acha que o matuto está certo? Está sim.
Veja o que está acontecendo agora. A turma dos ricos estava chateada porque há mais de doze anos a turma pobre é que estava comendo. E eles chateados. Não viu a cara do Aécio ante o resultado das eleições presidenciais passadas? Ele teria engolido a Dilma se ela estivesse por perto. Não é verdade? Ai ele e sua turma não se conformaram com mais um derrota. Passar mais quatro anos sem comer, rapaz?! Então procuraram melhorar a pontaria a fim de derrubar o concorrente. Aécio chegou mesmo a dizer que ela (Dilma) não tiraria todo o mandato. Então ficaram à espera de uma oportunidade para fisgar a presa.
Um pequeno deslize administrativo (digo pequeno porque é coisa que todo mundo faz, inclusive os que removeram o poder da presidenta): uma simples manobra financeira. Eu mesmo já fiz essa manobra aqui, no tempo da construção da igreja: quando não tinha dinheiro para pagar os trabalhadores, eu arranjava emprestado com amigos e, depois, devolvia tão logo a paróquia tivesse a condição. Não vejo mal nisso; vejo responsabilidade. Mas dizem que o que ela fez foi contra a constituição brasileira. Não discuto isso. O que percebo é que se tivessem, realmente, amor ao povo brasileiro, real interesse de servir o Brasil, o certo era unir-se a presidenta para, juntos, resolverem de maneira responsável e serena o problema do país sem abrir feridas em ninguém e respeitando as 54.501.108 (cinquenta e quarto milhões quinhentos e um mil e cento e oito) pessoas que escolheram Dilma para presidenta.
Mas é que o interesse deles era outro: voltar a comer.
E o povo? O povo que de dane. É pena ter que dizer isso. Mas, lamentavelmente, esta é que é a verdade.
Mas tudo isso nos fala bem alto uma mensagem: o povo precisa se unir. É se unir e exercer seu papel; papel de patrão. O povo precisa mandar nessa gente e não o contrario como esta acontecendo. Insisto: somos nós o patrão dos políticos. É preciso que esta verdade entre como que por osmose em toda a nossa pessoa envolvendo o lado físico, emocional, intelectual e espiritual. Insisto nisso porque nossa cultura é outra: é a cultura da subserviência que nos empurraram de goela abaixo.
É preciso acordar, gente! É urgente acordar e agir antes que o nosso país se torne inteiramente inviável.
Vamos continuar conversando e nos articulando. Ok?  



18/11/2016

O povo sabe




           
Em conversa com um taxista logo surgiu o assunto: o comercio de fim de ano está muito devagar. Daí a conversa partiu para o problema da crise econômica resvalando, naturalmente, para a famosa PEC 241 (hoje 55 no Senado). E o motorista disse: essa PEC, se aprovada, vai ser uma grande desgraça para o povo. O governo quer tirar o dinheiro do povo para pagar juros dos banqueiros. Querem sacrificar mais ainda o povo e não tocar no dinheiro deles.
            E eu concordei com ele. Essa PEC é, realmente, uma grande e vergonhosa esperteza. Como disse um famoso comentarista político: “é pura enganação, uma piada de mal gosto. Congela o salário do povo e não congela os juros”.
            Aí está o problema. A PEC só penaliza os pequenos, ou seja aqueles que vivem na miséria total ou quase total; o povo pobre, enfim. Pobre que, diga-se de passagem, é uma classe criada por eles mesmos, os governantes.
            Há quem interprete a PEC da seguinte maneira: querem que o povo continue na extrema pobreza para continuarem tendo mão-de-obra barata. E não investindo na educação por vinte anos, querem que o povo volte à ignorância. Um povo ignorante é mais fácil de controlar.
            A solução decente para superar a crise econômica do país corre por outros parâmetros, conforme dizem os especialistas. Por exemplo: dialogar mais com os credores e voltar a investir. Pois, sem dinheiro, o povo não pode comprar e, sem compra não se gera imposto e sem imposto o governo não arrecada. Sem arrecadação como pagar os débitos?

            O nosso motorista apresenta uma ideia que seria muito oportuna se houvesse real boa vontade dos políticos em encontrar a saída certa para nossa economia: é bastante cortar as regalias dos políticos e enxugar a maquina do governo. Tem gente demais ganhando muito, demais, diz o taxista. Nota dez pra ele. Caminhar por onde se deve caminhar. E... o povo sabe.

11/11/2016

Insistência

Volto mais uma vez a insistir sobre o relacionamento governo versus povo. Pretendo, com essa insistência, conscientizar o povo brasileiro sobre esta realidade: a soberania vem do povo.  Veja, está na lei maior do Brasil. E está certo; pois, é o povo, são as pessoas que ao viverem juntas sentem a necessidade de assegurar a boa convivência, de organizar-se com certas regras e nomear de maneira democrática um chefe ou governo que zele pelo cumprimento dessas leis em favor de todos, da coletividade. Repito, isso faz parte da natureza social do ser humano. O homem foi feito assim: um ser social.
            Dessas considerações se deduz que o governante, sendo nomeado pelo povo, está por sua vez submisso ao povo. Sendo assim, no caso de um mal serviço por parte do governante a comunidade que o fez chefe pode tirá-lo do posto, tranquilamente.

Mas, observe uma coisa: no caso do Brasil, nossos políticos são tão espertos e sagazes que conseguem ganhar o povo no papo e ficam fazendo o que bem querem e o povo ainda achando bom. Brincadeira, não é?!!! Daí a situação em que se encontra o nosso país. Ainda bem que há um grupo de pessoas já realizando alguma coisa. Mas, ainda é pouco, muito pouco. Precisamos ser mais atuantes, corajosos e decididos. 

04/11/2016

Meu, seu empregado/a


           
Acabamos de votar para escolher o nosso prefeito ou prefeita e nosso vereador ou vereadora. Você votou certo? Parabéns!
            Hoje quero chamar sua atenção para um fato que, sendo verdadeiro, passa em grande escala despercebido, por quase a totalidade da sociedade brasileira. O fato é este: os políticos por nós eleitos, desde o mais graduado ao mais simples, se consideram, na prática, como superiores nossos praticamente como patrões. E a gente vai engolindo, sem muita percepção essa falsa verdade. Não é? Então, eu quero abrir os nossos olhos, os olhos de toda a sociedade para este grande equívoco. Por mais bonito e elegante que seja o titulo que ostentam, os políticos são simplesmente nossos empregados, empregados do povo.  Presidente, senador, deputado federal, deputado estadual, governador, prefeito, vereador e até juízes, todos não passam de simples empregados nossos.
            Então o que você fez, agora, foi trocar ou confirmar o seu empregado na função de prefeito ou de vereador; na função de gerir o município ou de legislar. Mas, veja, são simplesmente empregados seus e meus, nós lhe assinamos a carteira de trabalho por quatro anos no momento em que lhes demos o nosso voto. Veja bem: demos não vendemos o voto.

            Esta constatação nos revela ou lembra muita coisa. Veremos no próximo artigo. Ok?